Encontradas, no registro da Delegacia da União Brasileira dos Trovadores, em Itaocara/RJ, nos idos do ano de 2006, as belíssimas trovas premiadas no primeiro certame literário aqui realizado. Vale a pena conferir!
Algumas estão afixadas em azulejos da Praça do poeta trovador em Itaocara RJ, que será inaugurada em 21.05.2022.
RESULTADO DO 1º CONCURSO DE TROVAS ITAOCARA – 2006
TROVAS VENCEDORAS:
Itaocara ... a Natureza,
em tons de verde e de azul,
reflete a paz e a beleza,
no Paraíba do Sul ....
(Maria Lua - Nova Friburgo – RJ)
Os rios correm pro mar;
a águia busca o seu ninho ...
Eu corro para o meu lar,
Em busca do teu carinho! ...
(Pedro Viana Filho – Volta Redonda-RJ)
Vendo a natureza em festa,
o mais sério dos ateus
não reage, nem protesta:
Em silêncio adora Deus!
(Selma Patti Spnelli – São Paulo – SP)
Canta toda a Natureza,
e cantando a vida inova,
porém não canta a tristeza
que canto na minha trova.
(Nazareno Tourinho – Belém – PA)
Ao viver o desafio
de fazer você me amar,
sou teimosia de rio
na eterna busca do mar ...
(Domitilla Borges Beltrane – São Paulo – SP)
MENÇÕES HONROSAS:
A lama seca rachada
lembra as malhas de uma rede,
na paisagem desolada,
de um rio morto, de sede !
(Campos Sales – São Paulo – SP)
Mares, montanhas e rios
- obra-prima, a Natureza!
São humanos desafios
preservar tanta beleza!
(Gilson Rangel Rolim – Niterói – RJ)
Olhando o rio que passa,
louvando a mãe-natureza,
agradeço a Deus a graça
de criar tanta grandeza ! ....
(Hermoclydes S. Franco – Nova Friburgo – RJ)
A natureza agredida
não se defende e nem xinga,
mas no decorrer da vida,
cedo ou tarde, ela se vinga.
(Amilton Maciel Monteiro – São José dos Campos – SP)
Vejo Itaocara defronte
e sinto, no amor que exerço,
que um rio não volta à fonte ...
mas eu voltei ao meu berço !
(Edmar Japiassu Maia – Rio de Janeiro – RJ)
MENÇÕES ESPECIAIS:
A natureza desaba;
é raio ... é vento ... é fumaça ....
- Mas, feito amor, quando acaba,
deixa seus rastros ... e passa !
(Héron Patrício – São Paulo – SP)
Bem ou mal, a Natureza
resiste a tanto desmando ...
Mas é tamanha a vileza,
que eu me pergunto: até quando?
(João Freire Filho – São Paulo – SP)
Nadar já foi travessura,
No rio, que era uma festa,
Mas que agora é tarja escura
sobre o peito da floresta.
(Vanda Fagundes Queroz – Curitiba – PR)
Aquecimento global,
intensa devastação,
a natureza, afinal,
cobra juro e correção.
(Hélio Pedro Souza – Natal – RN)
Dos reinos da natureza,
podemos usufruir,
porém, Deus quer, com certeza,
que saibamos repartir!
(Lucília A T Decarli – Bandeirantes – PR)
Eu tenho inveja dos rios
que em seu leito caminhar,
sabem que, após os desvios,
irão abraçar-se ao mar.
(Amália Max – Ponta Grossa – PR)
Vivo no meio das flores,
meu mundo é uma beleza,
sou harmonia das cores.
Eu me chamo Natureza.
(Argemira Fernandes Marcondes – Taubaté – SP)
No rio, que é minha vida,
quero os meus dias risonhos;
que corra, bem destemida,
a canoa dos meus sonhos!
(José Antônio de Freitas – Pitangui – MG)
Se matar mãe é pecado,
crime de maior grandeza,
também deve ser julgado
quem mata a mãe ... Natureza!
(Edna Valente Ferracini – São Paulo – SP)
Depois que chove na mata,
a lua, de luz acesa;
pinta as folhas cor de prata
com tinta da Natureza.
(Ademar Macedo – Natal - RN)
Comissão Julgadora: membros da Academia Divinopolitana de Letras, sob a presidência do Professor e Dr. Mercemiro Oliveira Silva – Divinópolis – MG.
Organizado pelo Delegado da UBT, em Itaocara – RJ, Rogério Marques Sequeira Costa