REGIONALISMO EM POETRIX
@Rogério Marques
“Regionalismo é o conjunto das particularidades linguísticas de uma determinada região geográfica, decorrentes da cultura lá existente. Uma de suas principais expressões é o dialeto.” (Wikipedia)
Dentre as particularidades locais, temos, além do dialeto, como o caso do “Banto” (dialeto africano, dele temos a expressão “neném” acalantado pela mama preta); também a gíria (popular), a língua crioula ou nativa, e, neste país continental, os regionalismos de linguagem regional. Diga-se de passagem o mais conhecido e festejado, o mineirês.
“A literatura brasileira há de ter o comprometimento de ser cada vez mais um retrato fiel de nosso país. Mas, na verdade, para o estudo das peculariadades vocabulares regionais observáveis no Brasil, um país de dimensões continentais, falta uma obra moderna em conjunto. A matéria se fragmenta, ou em livros que se dedicam a fixar aspectos lexicográficos específicos de determinadas áreas, ou em glossários que se apensam a obras de cunho literário carregadas do que se pode chamar de cor local, no tocante à linguagem que nelas predomina.” (In Dicionário da Linguagem Regional, de Mercemiro Oliveira Silva, da Academia Divinopolitana de Letras, 2001)
Do dicionário Michaelis: “Regionalismo – expressão social e política de defesa dos interesses de uma região. Gram Termos ou locuções próprias de cada região. Lit. Caráter da literatura em que aparecem costumes e tradições regionais.”
Ora, é bom exemplificar alguns termos regionais falados em diversas partes do Brasil, dentre os mais comuns: “do mineiro, mineirês: ô trem bão!, uai!; do baiano: ô xente!; do carioca: “ô porra!”; do gaúcho: bah! Tchê!”
Aqui, agora um desafio, poetrixtar os regionalismos de várias regiões brasileiras, e, que cada poetrix seja um verbete literário de expressões. Deixemos extravasar uma vasta cultura genuinamente brasileira contendo diversos brasis. (A nossa Ciranda Poetrix tem abrangência nacional, logo teremos uma chuva de poetrix regionais.)
C001. CAFEZIN @ Rogério Marques
Êta trem bão
Coado e Quentin
Vem a Minas
C002. BAH ! @Rogério Marques
Uai, sô!
Conversa boa dimais
Perdi o trem!
C003. PAPELADA @Rogério Marques
Estava certo
O adevogado conferiu
Xameguei tudo
(*Xamegar: assinar, jamegar; Adevogado, variante regional de advogado em algumas cidades mineiras.)
C004. XERETA @Rogério Marques
Não tinha papa na língua
Sapeava o assunto
Metia-lhe o bedelho
(*xereta: bisbilhoteiro; bajulador; cheireta; bedelho: tranqueta ou ferrolho)
*AVISO* Fui obrigado a desinstalar todas as minhas contas no INSTAGRAM, tais como: Rogério Costa, FOLHETIM, 1º Ofício, e, hoje eu soube que elas foram invadidas. Se alguém receber alguma notícia, desconsidere imediatamente, e, se possivelmente, bloqueem estas contas, especialmente as minhas contas no Instagram. Está sendo corriqueiro tal invasão com o objetivo de cometerem golpes. Grato pela compreensão. Atualmente não uso Instagram e sem possibilidade de retorno. Rogério Marques Sequeira Costa
Embora vitimado pela vaidade humana, dou mea culpa, fazendo vencer do erro pelo bom exemplo. Diga-se de passagem pena de repreensão ou advertência. Auguro-lhe desde já as merecidas homenagens, valendo-me do exemplo que o Conselho se espelha. Parabéns ao nobre Conselho Pretor!
CONSELHO DE ÉTICA/ABLAM – DECISÃO - PROCESSO 005/2023
Este Conselho de Ética recebeu solicitação do confrade Alberto Valença Leal de Lima, cadeira 03, que, sentindo-se ofendido e agredido pelo confrade Rogério Marques Sequeira Costa, cadeira 01, solicita providências deste Conselho.
O solicitante informa que o fato ocorreu na reunião ordinária da ABLAM, do dia 15/10/2023, gravada em vídeo, no instante entre 1 hora e 32 minutos e 1 hora e 33 minutos, e apresenta o link onde pode ser visto e ouvido.
Declara, ainda, o solicitante, confrade Alberto Valença Leal de Lima, que o confrade Rogério Marques Sequeira Costa “no instante mencionado, sem nenhuma causa, exceto a de querer impor-se, sem motivo, gritou, em alto e bom som, para que todos escutassem, mandando o acadêmico que a este pedido subscreve, se calar.” E aduz, “que direito tem este senhor, de mandar quem quer que seja se calar?” Cita, a seu favor, o Estatuto da ABLAM artigos 17 e 19.
Constituído o processo administrativo, de no. 005/2023, foi dado ao Reclamado o direito de defesa, sendo recebida sua defesa em 11/12/2023 e, em seguida, devidamente analisada.
À vista dos fatos, este Conselho de Ética, reunido em 20 e 27 de dezembro de 2023, lamenta os fatos ocorridos e registra as justificadas indignação e queixa do confrade Alberto Valença Leal de Lima, ao tempo em que chama a atenção do confrade Rogério Marques Sequeira Costa para que, em que pese a justificativa apresentada, durante as discussões e debates próprios deste sodalício, cultive o comedimento, cortesia e lhaneza que se esperam e se impõem aos acadêmicos. Por fim, de comum acordo, augura que fatos dessa natureza não mais se repitam no âmbito da nossa querida ABLAM, respeitando-se na sua íntegra o disposto no art. 17, letra “a”, do Estatuto da ABLAM, que prescreve como dever aos membros efetivos da Academia “manter conduta ilibada”.
..., 27 de dezembro de 2023
Silvio Romero Ribeiro Tavares – presidente
Luiza Fillus - membro
Antônio Donizeti da Cruz - membro
Wanda Cunha – suplente - Secretária Ad Hoc
Para dar início à introdução desta temática da Ciranda, qual seja: REPÚBLICA, principio por um poema de Olavo Bilac:
A Pátria
Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste!
Criança! não verás nenhum país como este!
Olha que céu! que mar! que rios! que floresta!
A Natureza, aqui, perpetuamente em festa,
É um seio de mãe a transbordar carinhos.
Vê que vida há no chão! vê que vida há nos ninhos,
Que se balançam no ar, entre os ramos inquietos!
Vê que luz, que calor, que multidão de insetos!
Vê que grande extensão de matas, onde impera
Fecunda e luminosa, a eterna primavera!
Boa terra! jamais negou a quem trabalha
O pão que mata a fome, o teto que agasalha...
Quem com o seu suor a fecunda e umedece,
Vê pago o seu esforço, e é feliz, e enriquece!
Criança! não verás país nenhum como este:
Imita na grandeza a terra em que nasceste!
In: BILAC, Olavo. Poesias infantis. 18.ed. Rio de Janeiro: F. Alves, 195
E para completar o conceito de Pátria, que implicitamente se encontra dada República, vale citar trecho de um dos discursos de Rui Barbosa, verbis: "A pátria não é ninguém; são todos; e cada qual tem no seio dela o mesmo direito à ideia, à palavra, à associação. A pátria não é um sistema, nem uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de governo; é o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade."
A Pátria não importa a forma ou sistema de governo, se República ou Monarquia, se presidencialismo ou parlamentalismo, porém, é mais abrangente a todo o território nacional, ao seu povo, aos costumes e à cultura. Ressurge a importância do "decolonialismo" e do que é próprio nosso.
Etmologicamente, República, do latim, significa "Res = coisa", que é a coisa do povo. Juridicamente, recorremos a Carta Magna de 1988, no seu parágrafo único do artigo 1º: "Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição."
No caput do mesmo artigo 1º o conceito é abrangente, sic: "A República Federativa do Brasil, formado pela união indissolúvel dos Estados e municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania; III - a diginidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; e V - o pluralismo político."
Notem-se, prezados, que a República abrange a Pátria em sua ampla acepção em que envolve os elementos de Território, Governo, Povo, Cultura e família, seja qual for a forma e sistema de Estado e de governo. A poesia bilaquiana nos remete a este universo patriótico, que nos une de saber e cultura. Vamos irradiar poesia, ilustrando nossa República pátria com maravilhosos poetrix.
C001. REPÚBLICA @Rogério Marques
Coisa perfeita do povo!
Valores culturais permeados
Raça única: a brasileira!
C002. PÁTRIA REPUBLICANA @Rogério Marques
Onde respira ar puro e vive bem.
União no mesmo elo.
Bandeira radiante !
Memórias de família